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A Nestlé nasceu em 1867 na Suíça, quando Henri Nestlé lançou a Nestlé Farinha Láctea. Em 1905 uniu-se à Anglo-Swiss Condensed Milk Co., que desde 1866 já era um importante fabricante de leite condensado. Menos de uma década depois a empresa se tornou uma sociedade anônima, que se expandia por meio de fusões e aquisições.

A Nestlé diversificou suas atividades a partir da década de 1970, passando também a atuar nos segmentos farmacêutico (Alcon), cosmético (a exemplo da L'Oréal) e de alimentos para animais de estimação (Friskies Alpo e Ralston Purina). Atualmente, a companhia possui um amplo leque de marcas, entre elas Nestlé, Nescafé, Nestea, Maggi, Buitoni e Friskies. Em 2004 tinha quase 500 fábricas espalhadas nos cinco continentes, e atuava em 86 países, empregando cerca de 254 mil trabalhadores. No mesmo ano, o faturamento mundial foi de 86,7 milhões de francos suíços.

No Brasil a Nestlé estabeleceu-se no ano de 1921, em Araras, produzindo leite condensado com a marca Leite Moça. Hoje a empresa trabalha no país com cerca de 200 marcas e 1300 produtos. Seguindo sua estratégia de crescimento, a Nestlé comprou a marca de chocolates Garoto, e tem feito pesados investimentos em publicidade. O faturamento no Brasil em 2004 foi de R$ 10,6 bilhões.

O Brasil é a sétima maior operação da Nestlé no mundo, o segundo maior mercado em volume de produção e o quinto em faturamento. É um importante fornecedor de matérias-primas e grande mercado consumidor. Conta com 26 fábricas, 14 filiais de vendas e cinco Centros de Distribuição da Nestlé, espalhados nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, gerando 16 mil empregos diretos e 220 mil indiretos. A sede administrativa localiza-se em São Paulo.

A rede de clientes da Nestlé abrange mais de 1600 municípios, de acordo com informações do site da empresa. Quanto aos fornecedores, são cerca de 40 mil ativos. Na fabricação dos produtos que comercializa a partir do Brasil, a Nestlé adquire anualmente mais de 230 mil toneladas de açúcar, 55 mil toneladas de café, quase 35 mil toneladas de cacau e mais de 1,5 bilhão de litros de leite. Em 2003, as operações geraram mais de R$ 1,2 bilhão entre impostos, taxas e contribuições.

De acordo com o balanço social de 2003 do iBase, a empresa investiu R$ 41.845 em causas sociais, sendo majoritários os projetos de combate à fome e segurança alimentar, e R$ 7.900 em investimentos ambientais relacionados à operação e produção das fábricas. No levantamento a Nestlé não respondeu os indicadores do corpo funcional, portanto, não se sabe como estão distribuídos os cargos na empresa. Quanto a isto, há algumas informações no site da empresa referentes a 2004, que afirmam que neste ano do total dos 16 mil funcionários diretos havia 1.404 funcionários com mais de 45 anos, 3.879 mulheres e 3.445 negros.

No que diz respeito à remuneração, segundo o ranking da edição especial 2005 das revistas Exame/Você S/A das 150 melhores empresas pra trabalhar, a média salarial dos diretores equivale a 29 vezes a média salarial do nível operacional e a média de remuneração 28 vezes. Sobre o desenvolvimento profissional, a publicação destaca que houve 1061 funcionários promovidos naquele ano, e que a empresa costuma subsidiar a aprimoração e treinamento dos trabalhadores, além de oferecer a possibilidade de carreira internacional.

A empresa declara em seu site institucional seus investimentos em benefícios e incentivos aos trabalhadores são acima da média do mercado. A empresa mantém um plano de previdência privada para todo o corpo de trabalhadores, assim como contempla todos os funcionários na participação dos lucros e resultados, que em 2003 representou o valor de R$ 30.698. Além disso, diz seguir as normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no que diz respeito à liberdade sindical, ao direito a negociação coletiva e à representação interna dos trabalhadores.

O estudo preliminar realizado pelo Observatório Social em 2006 apontou algumas contradições entre os compromissos sociais e trabalhistas assumidos pela Nestlé e sua prática cotidiana. A empresa assegura que respeita o direito de associação dos trabalhadores e fiscaliza os fornecedores para evitar o trabalho infantil. Também diz se esforçar para que as atividades de reestruturação não prejudiquem seus empregados. Ela é signatária do Global Compact das Nações Unidas, um termo de compromisso voluntário com o respeito aos direitos humanos, trabalhistas e ao meio ambiente.

Fontes consultadas:

site da empresa

Balanço Social/iBase

"150 Melhores empresas para você trabalhar". Exame / Você S/A, Edição especial 2005, Ed Abril, São Paulo.

última atualização: nov/2006

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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

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